QUAL O MELHOR FILME DA MARVEL? PARA
MIM SÃO DOIS!
O universo Marvel conta com milhares de
fãs de canto a canto do planeta, isso é certo. No entanto, a questão da
predileção (gosto) depende das experiências individuas e grupais pelas quais o
sujeito já passou ou está passando. Em outras palavras, cada um receberá as
imagens cinematográficas de modo diferente, e portanto, reagirá as mesmas
segundo suas próprias expectativas, na medida em que são realizadas ou não pelo
enredo e pelo conjunto da obra.
Para um fã leigo e apaixonado, uma
boa história e alguns efeitos especiais já são suficientes para que diga que
valeu apena assistir um determinado filme. No entanto, para um especialista,
que analisa tecnicamente e artisticamente uma produção cinematográfica,
enquanto fruto exatamente da evolução técnica e da combinação de elementos
artísticos, cada detalhe é importante: do cenário à trilha sonora, tudo tem que
está em harmonia, em sintonia com o enredo e com a proposta do cineasta. Se o
filme tinha a intenção de nos fazer rir e ele não o fez, ao menos como se esperava,
significa que há problemas a se analisar aí. Igualmente se o filme buscava nos
comover, nos fazer ir às lágrimas, e pouco nos comovemos e choramos, seus
realizadores, de certo modo, falharam. Mas cada um absorve as imagens de modo
diverso.
Entre os Filmes da Marvel, dos quais
considero as sagas de Vingadores, Capitão América, Homem de ferro, Huck e Thor,
tenho como prediletos dois: o primeiro, pela seriedade predominante em um
enredo bem costurado, no qual temos uma sequência de ações que nos deixa tensos
e nos prende na busca de conexão entre os fatos, a saber, - Capitão América 2:
soldado invernal (2014). Nesse filme, que obteve 714,3 milhões USD de bilheteria, temos a agência
SHILD como antagonista dos interesses humanistas, e que tem no Soldado invernal
(Sebastian Stan) um
assassino treinado, que é torturado física e mentalmente para que elimine ativistas
políticos e opositores do projeto de dominação fascista da HIDRA, pois, a mesma (SHILD) pretende eliminar todos aqueles que discordam
da concepção de sociedade pregada por eles, que para ser pacífica, no entanto, deve subtrair a liberdade das pessoas, o que se assemelha com uma visão nazifascista. Mas ao perceber tais
intenções Nick Fury (Samuel L. Jackson) e o capitão Rogers (Chris Evans) entram
em cena, com a participação da bela coadjuvante Natasha (Scarlett Johansson) -
A viúva negra, que por vezes flerta com Rogers, que no entanto, a evita como se fosse um
adolescente tímido.
Considero o teor crítico e as reflexões
que o filme sugere muito interessantes, sobretudo, nos dias atuais de tanta
intolerância por parte de algumas pessoas e grupos. Acho interessante ver um
filme que aponta a corrupção e a obsessão pelo poder dentro dos próprios órgãos
de segurança norte-americanos, pois, sabemos que nada é perfeito, tão pouco as
instituições governamentais e humanas.
Pelo
motivo oposto, para mim, outro filme que agradou bastante pelos efeitos de
ironia, de humor, e que, admitamos, por vezes parecia um tanto forçado, fora
exatamente o filme Thor: ragnarok (2017). Com uma bilheteria de 854 milhões USD, no filme de Taika
Waititi (diretor) predomina o humor, e confesso que dei
muitas risadas. Ele “tirava onda de tudo”, ou quase isso. Os demais personagens
também tinha tiradas sarcásticas, a exemplo de seu irmão adotivo (Loki), da
guerreira valquíria que vivia embriagada (Tessa Thompson) e do Grão-mestre (Jeff
Goldblum), espécie de ditador que aprecia gladiadores lutando a até a morte e
dar risadas disso, em mundo que seria literalmente o vaso sanitário do
universo, tanto é que chega-se a ele através de um buraco negro apelidado de
ânus do demônio. E até mesmo sua irmã, Hela (Cate Blanchett) antagonista (deusa
da morte) que estava predestinada a fazer parte de um evento apocalítico no
qual o planeta de Odin (Asgard) deixaria de existir, e seu povo teria que
procurar outra pátria, terá seus momentos de humor sarcástico, já que é vista
como uma personificação da morte.
A Missão de Thor (Chris Hemsworth) era exatamente de tentar evitar a catástrofe. Aliás, mesmo em meio ao humor proposto, que torna o
filme uma comédia de aventura e não uma aventura com comédia, o conceito de "povo" como algo além da terra prometida, do patriotismo, do heroísmo como
virtude colocada a serviço de uma nação, aparecem como emblemáticos, ao menos
para expectadores como vocês, atentos não somente a uma sequência de ações
realizadas no tempo-espaço. Se você ainda não assistiu estes filmes, alugue,
compre, procure na programação de sua TV, mas, não deixe de assistir e tirar
suas próprias conclusões. Grande abraço a todos! E que venha Vingadores: ultimato!
(Carlos Henrique Ferreira Nunes)
(Carlos Henrique Ferreira Nunes)