segunda-feira, 20 de junho de 2022

 Aluna: Eduarda Kelly do 7º ano A  

Prof. Carlos Henrique Ferreira Nunes

Turma: 7 ANO "A”.

 

MARIA: UMA HEROÍNA NO AGRESTE ALAGOANO  

 

Nossa heroína, Maria do Carmo, nasceu e foi criada em Alagoas; é filha de pais agricultores. Começou a trabalhar no campo para ajudar seus pais aos cinco anos de idade.

Com seus quinze anos começou a namorar. Naquela época as pessoas namoravam a distância, através de correspondência, e mal podiam se tocar e casava-se cedo. Ela casou-se aos 19 anos, e por este tempo não tinha moradia fixa nem energia elétrica; cozinhava-se em fornos a lenha com panelas feitas de barros. O acesso a água só era possível através de barragens ou barreiros, como alguns chamam. Estes tinham uma água turva, que muitas vezes servia aos animais quando estava em pastagem. A vida era uma dureza mesmo.

Maria do Carmo teve cincos filhos com seu esposo. Ele já falecido há muitos anos, e deste modo, Maria viu-se obrigada a criar seus filhos sozinha, com o trabalho braçal ou qualquer trabalho que tivesse disponível. Não se podia escolher muito, sobretudo, quando não se tem estudo.

              Naquele tempo não existia bolsa-família nem pensão para ajudar com a alimentação das crianças. Com o tempo, seus filhos cresceram e passaram a ajudá-la na roça e com as tarefas domésticas, mas, ainda assim as coisas eram difíceis, pois sua família não tinha onde morar, ficava migrando de uma cidade para outra, fazendo a velha rota de muitos sertanejos e nordestinos nos períodos de estiagem e seca (Ir para estados do sul e sudeste).

Os meninos não tinham nem como estudar, porque não havia dinheiro nem para o material escolar e nem para o fardamento (o governo não fornecia). Mas depois, com o passar dos anos, as coisas começaram a melhorar. Finalmente Maria realizou o sonho de ter sua casa própria;  seus filhos se casaram e constituíram suas famílias. E hoje, Maria tem muitos netos, bisnetos, e todos são muitos felizes vivendo na cidade de Arapiraca.

Esta bela cidade, denominada por alguns de princesa do agreste alagoano, que gentilmente acolheu Maria e sua família que, cansada de peregrinar, pôde finalmente encontrar sossego. Ela percebeu que valeu a pena tanta luta. Considera-se uma vitoriosa, e eu, particularmente a considero uma heroína por ter enfrentado o mundo sozinha.